... Aquela "milha" que percorro quase diariamente, uma na ida, outra na volta, são o verdadeiro tormento para mim. Imaginar-te em todos os rostos de quem por mim se cruza ou de quem ao fundo avisto, faz as minhas pernas tremerem e o meu coração bater no chão, ricocheteando de volta até à garganta, onde bate forte por longos períodos de tempo -- deixando-me assim, zonzo das ideias, incapaz de perceber o que em meu torno se passa...
... Eu bem sei que nada disto te interessa, mas eu sinto necessidade -- e tu sabes que sim -- de to dizer. No entanto, mantenho-me fiel à minha promessa e ao teu pedido, em como não interferiria na tua relação... E é por isso que não to digo directamente.
... Após sensivelmente oito meses ainda te amo, como na verdade sempre te amei, e que durante uns outros oito meses não soube compreender esse sentimento.
Eu amava-te, sempre te amei, mas não sabia lidar com esse sentimento tão abrupto... Eu amava-te e sempre te amei, mas não sabia respeitar-te, não sabia compreender-te... E hoje, eu sei.
E sei, ainda, que embora te ame, não és o amor da minha vida...
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